sábado, 15 de janeiro de 2022

Depois de 6 anos e 8 meses

Última postagem foi há 6 anos e 8 meses. A impressão que dá é que foi em outra vida.

[ao som de Pink - Cover me in sunshine]

Ao contrário do último post, não estou em uma cidade com um cheiro estranho. Aqui o cheiro é de casa, de aconchego. Braga tem cheiro de lenha queimando à noite, cheiro da casa da vó Vinde. Apesar de ser 07:19 da manhã, a noite ainda está lá fora, escura como breu.

De Bauru, foi Uberaba, que foi Caxias do Sul (RS), que finalmente virou Braga, Portugal.

Cada cidade foi uma descoberta, cada descoberta um frio na barriga. Viver tudo que vivi só me leva a crer que: era pra ser.

Sofri, chorei, festejei, namorei, sofri de novo, entendi e fiquei sem entender.. deixei pra lá.. não noivei, casei - com o amor da minha vida.

Falar em amor da vida, tá na nossa música Pink - True Love.

As coisas mudaram tanto (e pra melhor), que agora já estamos até pensando em aumentar a família, ainda não sabemos se será possível mas esperamos muito que venha ai a Melissa ou o Nuno, talvez até o fim do ano.

Eu não lembrava como era boa essa sensação de ver meus pensamentos em forma de sentenças e, como diria minhas professoras de português e minha mãe, em forma de "oração".

Eu quero escrever mais, só que pra variar me bateu a fome e já passou da hora de dormir.

[Red Hot Chili Peppers - Dani California]

Braga amanhecendo às 07:43.




quinta-feira, 28 de maio de 2015

...

Ainda ouvindo Tiê e pensando na vida (mais do que deveria, pra variar).
Ontem estava vendo filme, não me lembro qual, e em uma das cenas me lembrei de um tempo em que só o olhar bastava.
Envelhecer traz muitas coisas boas. Olhar pra trás e perceber as nossas mudanças, o nosso progresso (ou o inverso também), a nossa história..

[nem a maldade do tempo consegue me afastar de vc]

Entender que nem sempre boa vontade resolve tudo. Que o tom da voz vale mais do que o que é dito. Que a primeira impressão pode te abrir muitas portas e te fechar outras tantas, não só a primeira impressão que as pessoas têm da gente, mas a que a gente tem dos outros. Que sorrir é importante, e que mesmo sorrindo, às vezes, as pessoas não vão te entender. Que ser leal compensa. Que a amizade ameniza qualquer dor. 

Tive boas amizades, tenho bons amigos, valorizo isso.
O Nando Reis cantou que ficava preocupado em pensar se os filhos dele sabiam o quanto ele os amava. Me preocupo também se as pessoas que eu amo sabem disso, sabem o quanto.

Mano, que cheiro estranho é esse que paira nessa cidade?! Bauru é estranha.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Tiê


Tiê - A noite 

Palavras não bastam, não dá pra entender
E esse medo que cresce não para
É uma história que se complicou
Eu sei bem o porquê

Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços
Me entorta as costas e dá um cansaço
A maldade do tempo fez eu me afastar de você

E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão

Pro tanto que eu te queria o perto nunca bastava
E essa proximidade não dava
Me perdi no que era real e no que eu inventei
Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer
E te dedico uma linda história confessa
Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você

Te contei tantos segredos que já não eram só meus
Rimas de um velho diário que nunca me pertenceu
Entre palavras não ditas, tantas palavras de amor
Essa paixão é antiga e o tempo nunca passou

E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na minha mão


Pensei em escrever, desanimei. Pensei de novo, começou a tocar Daughter, me perdi. Tocou Beethoven [Piano Concerto No. 5, Op. 73 - Emperor II Adagio un poco mosso].
Música clássica me deixa melancólica, em um bom sentido. É como se os sentidos se ampliassem, tenho dificuldades em achar as palavras certas, e não apenas pra isso. Imagino que esta seja a (des)vantagem quando passamos a pesar um pouco aquilo que pretendemos falar.
Ouvi de várias pessoas que somos responsáveis por aquilo que falamos, mas não por aquilo que as pessoas interpretam. Discordo.
Essas coisas me lembram Leminski.

Sinto que estou novamente em um daqueles momentos de transição. E não me refiro exclusivamente à mudança de cidade (sim, d-e--n-o-v-o-!). Estou aqui há 16 meses. É uma sensação estranha esta da dualidade. Parece mais tempo quando penso em algumas pessoas que ficaram ou das quais me afastei. Parece menos quando percebo o que realizei aqui.
Tempo pra balanço. Pesar as ações (e principalmente, a falta delas). O que eu pensei que sabia quando cheguei aqui, o que eu descobri, o que eu confirmei. Paciência tem sido a palavra chave. E imagino que os próximos três meses serão ainda mais assustadores.

[Franz Liszt - Love Dream]

Claro que não mais que o retorno. Este sim me assusta, me aterroriza. A incerteza do futuro é mortificante. E pensar que todo esse turbilhão de coisas, que não param de rodar dentro da minha cabeça, perdem espaço pro ódio que eu sinto desse tic tac maldito do relógio do vizinho (sim, dá pra escutar do meu quarto, e por razões óbvias, só a noite) roubando o resto de sono e/ou concentração.

[Michel Legrand - Gymnopédie N°1] Eu escuto essa música há tanto tempo, e ainda não sei porque ela mexe tanto comigo.

Mas essa que está tocando agora [Bach - Piano Concerto in F Minor Largo] é com certeza uma das minhas preferidas desde sempre, eu percebi que ela parece ser a incidental do Céu de Santo Amaro, de Flávio Venturini, que me traz paisagens bucólicas e aulas de literatura da profª Leila. Houve uma época em que ambas me fizeram querer morar em Ouro Preto.
De qualquer forma, Ouro Preto, Bauru, Uberaba.. tantos nomes que não me dão certeza alguma.

[Chopin - Nocturne #2 In E Flat, Op. 9/2, CT 109]

O tempo passou. Rápido.
E continua indo embora sem que eu me dê conta de que estou parada.
"tudo está parado por aqui, esperando uma palavra.."
Humberto e os clássicos têm me compreendido como nunca!

Sempre tive mania de ver tudo girar ao meu redor, como se as coisas acontecessem porque eu estava ali, ou por eu não estar, como uma criança. E de repente vi a mudança acontecendo independente de mim, e achei que me assustaria ou desapontaria por isso. Fiquei mais tranquila na verdade.
Ver o amadurecimento das pessoas que eu amo (independente da fase).

Esqueci o que ia falar.. que comum isso.


Carrego o peso da lua
Três paixões mal curadas
Um saara de páginas,
Essa infinita madrugada.

Viver de noite
Me fez senhor do fogo
A vocês, eu deixo o sono.
O sonho, não
Esse, eu mesmo carrego.
[P. Leminki]

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

[ao som de Coldplay - Paradise]
Gosto de escrever com plano de fundo escuro no pc, aumenta minha concentração.
De preferência com o ambiente escuro, mas quando não dá, tento focar na tela.
Um ano depois da minha última postagem. Continuei escrevendo, só achei que o papel estava mais próximo de mim ultimamente.
Ontem estava arrumando as fotografias antigas aqui de casa: digitalizando, organizando os álbuns por lugar e data. Gosto de organizar. Deixa a vida mais prática.

"vou sair pra ver o céu, vou me perder entre as estrelas (...)
se for mais veloz que a luz então escapo da tristeza.."

E como acredito que fotografias, assim como outras formas de expressão, contam uma história, lembrei que ando meio longe da minha.
Com todas as pessoas com as quais converso dizem que 2014 foi um ano no mínimo surpreendente. E claro, porque eu não acharia isso? Após a graduação, ser aceita em um programa "tão bom" de pós era pra deixar qualquer um super satisfeito. Eu não. Sinceramente, não me satisfaço com isso.
Há algum tempo atrás ouvi que as pessoas podiam ser verdadeiramente felizes com pouco. Pouco em todos os sentidos.
Cometi o erro (?) de começar a sonhar pouco, pequeno.
Meu sonho hoje não passa de um emprego estabilizado e uma casa tranquila. Não quero dinheiro pra viajar pra fora, cansei dessa história de grande universidade, de programas de capacitação internacional, de grandes salários, grandes pessoas.
Sou pequena. Em todos os sentidos. Por dentro, por fora. Sou pequena e tenho sonhado pequeno. Não me importo em admitir isso.
O que me aborrece é a obrigatoriedade de felicidade e satisfação a qual sou imposta por conseguir uma coisa tão (ao meu ver) pequena. É só um mestrado, qualquer pessoa com um mínimo de esforço consegueria.
Hoje mais do que nunca me arrependo de todas as decisões que tomei. Me arrependo da minha formação, me arrependo da decisão de mudança pra SP. Teria conseguido o sonho pequeno se tivesse ficado. E depois poderia sonhar médio, grande, ou continuar acomodada, por que não? Qual o problema em se acomodar com o que se consegue se vc está feliz?
Não me sinto feliz, tão pouco completa e/ou satisfeita. Pra ser até bem franca, nada anda me satisfazendo.
É um post reclamão haha. Não tem agradecimento hoje, não tem coisas ruins que vem pra mostras as boas. Tem só a vida, a realidade que eu criei e que eu não gosto.

[voltando pro dvd do Pouca Vogal]

A campainha tocou agora, era um vizinho com uma entrega do correio: o Ga mandou um livro, Seis segundos de atenção, do HG. Retiro o que eu disse sobre não haver agradecimento.
Ainda há coisas boas: uns poucos amigos que mantive não por mérito, mas por insistência dos mesmos. Cá entre nós, acredito que eles sejam meio sado-maso, porque, pra me aguentar haha..

"nunca olhei pros lados pra não perder a direção..."

Eu não tenho o costume de ser pessimista. Na verdade sou aquele amigo chato que sempre vê um lado positivo nas coisas. No começo, tentei me convencer de que era a melhor saída.
Não sei se "saída" é a palavra certa. Talvez a melhor opção. Fui por um motivo, disse que era por outro. Mentir não faz bem. Menti.
Ouvir o HG hoje me faz pensar muito mais que antes, muito mais que outros.

No meio do post me dei conta de que, há algum tempo, perdi contato.

Como manter contato? [ - contato, mas com o que? com quem? ]

domingo, 15 de abril de 2012

Abril

O mês de abril costuma ser sempre bem significativo: no dia 06 é aniversário da minha mãe, no dia 17 do meu pai, e no dia 26 o da minha grande amiga.

Mas este mês de abril tem sido particularmente especial.

(ao som de Renato Teixeira e Zé Geraldo)

Depois de nem sei mais quantas faculdades, me achei em uma área linda dentro da Bio (área linda dentro da Bio chega a ser redundante, a Bio é linda). No começo do mês, eu e o professor (que eu mais sou fã dentro da facu) mandamos um projeto de extensão para ser aprovado, eu escrevi e ele corrigiu (leia-se reescreveu haha). E foi aprovado! :D Fiquei bastante satisfeita, já que com o projeto vou atingir resultados não só técnicos, mas didáticos também.

Fora isso, depois de dois anos de sumiço/ agonia/ desespero, minha irmãzinha linda voltou! Não vejo a hora de revê-la. Pelo menos sei que agora está tudo bem com ela. Aquele aperto no coração e a sensação ruim acabaram.

Época de grande renovação. Em todos os âmbitos. E fico ainda maais satisfeita com isso.

Fui pra Udi e passei o feriado com a minha segunda mãe, minha mentora, orientadora, guia, e sei lá mais o quê. Conversamos por horas a fio, como sempre fazemos, e pra variar, me fez muito bem. Ela morou comigo, ela me conhece, sabe das minhas enjeuiras, das minhas vontades, dos meus sonhos, e ME sabe.


E esses dias alguém que me sabia muito bem me disse a seguinte frase: "Eu te conhecia, eu te entendia, melhor que ninguém, e hoje eu to vendo vc insegura. Essa insegurança não é sua, não é vc. O que vc quer?"

E eu percebi que mais do que pedir desculpas, fazer planos, sair do habitual, eu também perdi a certeza. Isso é bom.

Bem vindo abril!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

18

Ontem ele tava chorando pedindo leite no copinho, hoje ele tá fazendo 18.
Sintomas de envelhecimento.